segunda-feira, 30 de maio de 2011

Entrelaço do compasso

Entrelaço do compasso
Autor: Alô Pietro! Você tá mudando as suas poesias?
Não. Eu tô versando as minhas mudanças!

O vazio pensa saber de cor tudo que precisamos sentir
Num tom de ser que o coração preenche com saudade
Fugazes desajustes de alma que deixamos no caminho

Cheiros e vozes confundem o que fomos com quem somos
Na ingenuidade leve e doce que achamos ter perdido no instante
Eternizado pelo abraço da nostalgia

Despedaço os encontros
Onde procurando, me perco
Deixa a água correr pro mar
Deixa a água correr

A dor, sempre silenciosa em seu clichê aflito
Grita suplicando as marés um só momento entre os grãos de areia
O amor, sempre sereno em seu clichê divino
Pulsa seduzindo as marés a viver um oceano de loucura entre as sereias

O mesmo sorriso que torna as coisas lindas tão mais lindas
Traz a lágrima de ausência que arde o peito
E o mal estar na presença das pessoas
Lembra do quanto a solidão é companheira

Brinco de colorir os encontros
Onde perdido, me acho
Deixa a água correr pro mar
Deixa a água correr

Pra onde o sorriso bobo não disfarça
E a liberdade entrelaça
O compasso do amor!

domingo, 29 de maio de 2011

Mesmo quando amanhece mentira

Mesmo quando amanhece mentira


Da janela em que vejo as mesmas sempre novas imagens
É que sinto uma enorme saudade de quem não fui
E um breve lamento se perde no reluzir dos dentes
Sorriso que contempla no horizonte um passarinho
Namorando o vento, e ele tem a minha cabeça

E do lado de dentro da janela fica claro
Que a dor de perto
É fraqueza de quem em vão tenta fazer o certo
Seduzido pela princesa errante do deserto
Enganando os desenganos que deveras sente

E isso me faz lembrar que a verdade se faz presente
Mesmo quando amanhece mentira