segunda-feira, 28 de novembro de 2011

Feridas de Amor

Feridas de amor


Olha só o desejo, de ser desejada!
Sentindo o que não sente, vai sendo guiada,
Por falsos relatos dos próprios sentidos...

Não haveria nenhum problema,
Não fosse letal!
Um toque de loucura, na saúde mental
Me ver entregue aos mistérios do amor.

Procuro à cura na curva do instante,
A vaidade se torna desimportante,
Quando mergulho no vão sentido...
E ouço vozes de antigos desejos,
Ao encontro de um amigo andarilho,
Preso às respostas que nunca encontrou.

Surge então o oportunista,
Aquela velha normose tão capitalista,
E oferece o caminho que ele mesmo traçou...

Só pra testar tanta hipocrisia,
Tal qual vira-lata, reviro seus restos...

Eis que descubro feridas de amor.

quarta-feira, 23 de novembro de 2011

Utopia pra pensar

Utopia pra pensar

Pra ser bem sincero
Nem estou tão triste, como achei
Que seria sem você

Se me desespero
É que exagero, no meu jeito
De querer amar para viver

Quanta coisa anuncia como achar a paz, a cada dia
Se entregar de corpo a dor, dor-me-cia.
É que amanhã é-seu lá fora, a sua fantasia
E acordou no peito, o que nem dormia

Algum sentido deve haver no que não entende a visão
Que sentido pode haver na televisão?
Se em outra circunstância vai estar você
Se moldando, se ajustando pra poder vender

Resista e Reinvente sua Existência
Faça bom uso do maior presente, sua consciência
E se precisar do algo mais se inspire no amor
Mas nunca aprisione outro beija-flor

E o beijo que a menina cor de mel me deu
Trouxe a paz que busquei por tantos lugares
E se soa utopia pare pra pensar
Que ela também serve pro seu caminhar

quarta-feira, 16 de novembro de 2011

Eu vou de buzu!

Ofertada a Taíze Bastos

Ela quer saber como conduzo a minha vida
Se vivo com juízo ou não temo as feridas
Quando boto o pé na estrada acelero ou freio a dor
Tanto faz a direção se o caminho for de amor

Falou que dirigir um carro mostra o levar da vida
Sútil, como é que pode, esperava ser ouvida
Mas o trânsito da existência me soava tão banal
Veio logo o desencanto recordar do carnaval

E nenhuma sinaleira vai saber me revelar
O meu ser tem muitas cores e jeitos de caminhar
Se quiser saber quem sou melhor ir tirando a roupa
Ou invente qualquer coisa, lucidez é estar louca!

E a respeito do meu jeito de fazer amor...
Bom dia cobrador! Qual a boa? Como vai você?
Obrigado motorista! Muita paz! Muita luz!
Isso diz bem mais de como a vida alguém conduz

Tanto faz a direção se meu caminho for amor
Minhas rodas são minhas pernas
Meu volante, coração!
E se tudo se dá na relação

Eu vou de buzu!
Eu vou de buzu!

terça-feira, 15 de novembro de 2011

Vai passar

Ofertada a Taíze Bastos

Essa é a parte do show que eu piro!
O sol já não está pra depressa passar
É fim de história pra começo de conversa
E a saudade do que nunca aconteceu
Como se tivesse acontecido me vem incomodar

Outras flores parecem sentir o cheiro do fim
E surgem nas janelas, como quem tenta avisar
Tropeçar na rosa é cair no jardim, por certo
Pernas pro incerto eu guardei pra caminhar
Mas doutor, ainda gosto dela!

Vai passar.

sexta-feira, 11 de novembro de 2011

O Nada por chegar

O nada por chegar

A vida em desague escorre pelas feridas...
Quedas e vertigens,
Solidão!
Não faz sentido dissimular
O próprio juízo de valor
Desatenção!
Não posso ser mais um idiota sentado
Esperando um milagre cair do céu
Quem foi que disse que milagres vêm do céu?

É doce! É nada!
Doce nada num barquinho de papel
Outra vez despencando
Pra ver melhor o chão de perto
Errante, por certo!
Cavei nas profundezas da loucura
Passagem.

Depois de ler, a vontade de rasgar a folha
Talvez fosse melhor perder o juízo
De que vale o paraíso, sem morder a maçã?

No barquinho doce a nenhum lugar
Ainda resta o nada por chegar