segunda-feira, 19 de março de 2012

Encontro com o medo

Encontro com o medo


Outra noite me encontrei com o medo no escuro do quarto
Pensamentos fiéis sombreiam um velho retrato
De um tempo, de um tempo, de algum tempo atrás
Onde os sonhos valiam sempre mais que dinheiro
E o amor que havia, sempre vinha primeiro
Há um tempo, há um tempo, algum tempo atrás

Amanheci cansado do caminho errado
Outro sonho interrompido sem o mundo parar
Pra que a gente encontre nossa própria inocência
Enquanto o eterno se cansou de passar
Passar! Passagem!
Meus estranhos leais não me servem mais
Já nem servem mais!

Talvez eu tenha muita sorte,
Às vezes engana a visão.
A procura da própria luta,
O medo até soa concentração.
Tranquilidade nas palavras
Só pra manter viva a experiência,
A mesma armadura que protege
Pesa a busca do sonhador.

Tantos labirintos na solidão da madrugada
E a rima foi o único analgésico que restou pra entender a parada.
Não posso reclamar!
Bons amigos trouxeram a poesia que faltava,
E fez sentido a fotografia!
Enquanto temia,
Um novo homem nascia.

Obrigado medo por vir me ensinar
Que espelho sincero
São as águas do mar

sábado, 10 de março de 2012

Pra quê?

Pra quê?


Quando a gente aprende do destino
A própria definição
Os caminhos metamorfoseiam
A direção

Prisão é o universo das palavras
Como esse poema, a academia, a forma, qualquer metodologia
É preciso coragem pra não estar em lugar algum
Perder-se, abandonar-se, ou quem sabe desaparecer
Mas sempre foi conveniente se iludir e a verdade ignorar
Que verdade? Afundar, afundar sem perder o poder

Na contramão
De um mundo que significa o que machuca pra não se machucar
Desconstruo todos os sentidos e desabo. Precipício? O que tem lá?
Conceitos, signos, cheiros, mar
É da ordem da criação desequilibrar
Coisas que são. Que são?
Desassossego, emprego, ambição, mal estar
Aproveita e desperta agora que faltou, faltou o ar!

Me questiono!
Opero inoperante
Nessa insignificante imensidão de histórias que antecedem os encontros
Pra amar os encontros que antecedem a história
Outra vez não tem sentido nesses pensamentos que invadem
E me dizem o que fazer, por aqui, por ali, em vão
Não! Não!

Eu tava muito bravo, confesso!
Não queria conectar, estar, conceder
Toda essa merda violenta insistindo em...
Desculpa, onde estava mesmo?
Pra quê?
Pra quê?