segunda-feira, 30 de julho de 2012

A estrada

É difícil pensar, mas foda mesmo é fazer
Creditar à estrada a esperança, com a mochila vazia
Já que são os passos e não o caminho, porra, melhor sair correndo
Quem tentar impedir um casamento em Salvador vai se fuder, vai vendo
Tô aqui imaginando um filme bem clichê, engarrafando os pensamentos
É como querer ganhar na loteria sem comprar o bilhete, duvidar da missão
Falta do que escrever é foda, né não?!
Sempre tem alguém pra reclamar que a vida é o mesmo refrão
Eu vou aprendendo com o Sabotagem, tentando me desconectar
Se eu for falar de sofrimento novamente vou acabar amargando
Aí alguém comenta as mágicas da vida, fortalece, põe valor
Nos versos de um vagabundo que jamais quis ser doutor
Pra terminar vou falar que não são só palavras que você pode encontrar por aqui
Sentimentos verdadeiros de quem só precisa de amor e amizade pra voltar a sorrir

sexta-feira, 27 de julho de 2012

O que vejo?

Vestígios bárbaros de um tribunal antigo,
Composto pelo mofo de conquistadores velhos.
Homens sem nenhum escrúpulo,
Assassinando com a armadura da indiferença
O brilho nos olhos de jovens sonhadores.


Mas ainda que sob a hegemonia dos dogmáticos
As batalhas mais difíceis são mesmo as internas!
Para cultivar o sentido na felicidade e não na glória
E tornar real o teatro da vida


Mesmo que a tarefa esteja sempre inacabada
E as questões nunca se esgotem,
Ainda que o tirano interior se queixe da própria superficialidade
E que os desenganos apontem as contradições do idealista,
Prometo manter vivo o sonho!


Não se pode desistir de si mesmo
Não se pode desistir da vida

A menina poesia

A menina poesia


Eu só quero fazer dessa história
Uma suave canção
Pode ser bem simples
Nem precisa ser pra sempre

Se o dia começou ao meio dia
E tudo soou tão óbvio, não faz mal
Não precisa haver nada de místico
Divino ou sobrenatural

Que esse sentimento
Dure só um doce dia
Como a eternidade de uma borboleta
A franqueza de uma confissão

O suficiente pra que ao apagar a luz
Uma pergunta fique clara no escuro
O que será do amanhã?
Mal começamos e já estamos no futuro

A embriaguez quer saber
Qual será o sentido da vida, afinal?
Se pra viver o bem
É preciso confrontar o próprio mal

Hoje tanto faz.
Que as bruxas não flutuem
Se percam em qualquer requinte
Não me convidem pra nenhuma orgia
Mesmo que tenha sabor de vertigem
Aroma de insensatez

Hoje não.
Hoje pouco importa!
Desacredito até da loucura
Dispenso fogo, caldeirão e luz
Desafio qualquer magia

Vai brilhar no fim da história
A menina poesia

segunda-feira, 16 de julho de 2012

Sorte

Sorte


Talvez eu tenha muita sorte,
Às vezes engana a visão.
A procura da própria luta,
O medo até soa concentração.
Tranquilidade nas palavras
Só pra manter viva a experiência,
A mesma armadura que protege
Pesa a busca do sonhador.
Tantos labirintos na solidão da madrugada
E a rima foi o único analgésico que restou pra entender a parada.
Não posso reclamar!
Bons amigos trouxeram a poesia que faltava,
E fez sentido a fotografia!
Enquanto temia,
Um novo homem nascia.

terça-feira, 10 de julho de 2012

Cegueira de fora

Cegueira de fora


É que a pretensão de quem enxerga, de fora, acessa as convenções, mas não a verdade. Do lado de dentro, tem poesia em cada encontro, em cada desespero de cada descarga. Tem também o entendimento do medo, de si mesmo, do não lugar e da perda da razão. E quando a arte não significa, o que só o mundo de dentro compreende, ainda tem o menino que procura. Que aprende! Em cada sorriso, queda ou desencontro. É então que a gente se descobre amando as próprias queixas, e tudo aquilo que nem sempre faz bem. É tão fácil amar, quando cabe na nossa gaveta...

sábado, 7 de julho de 2012

Você tem medo do quê?

Você tem medo do quê?

"O que te derruba é você mesmo!"
Dessa vez branquinha, vou te dar a razão
Cada tropeço esquecido é um abraço na dúvida,
Distanciamento da missão.
Fazer o que, se não aceito a mentira da tolerância,
Chamado de moleque rebelde pela escolha de ser criança.
Infância? É saber o tempo ignorar, dar as costas pro mundo!
Azar do imperador não ter nascido vagabundo.
E se algum dos meus pirar, aos pais o que dizer?
Pode ter sido uma escolha bem melhor do que crescer.
A saber, só assusta no outro o que te desorienta,
O caminho da verdade, seja ela qual for, é quente!
E todo mundo conhece, é o dever que a consciência impõe
Então diz pra mim, você tem medo do quê?

Só é livre na prisão quem já tá pronto pra morrer.