quarta-feira, 25 de setembro de 2013

Eis o novo mundo

Piscar os olhos,
Eis o novo mundo...
Existe mais!
Há outros instantes, em cada instante.
Sonhos não sonhados, em cada pessoa.
É assim, sem ser, ver, rever, viver!

Como a gente se sente?
O que pensa sobre o que sente?
Ah! Então, mudando percepção, muda também o astral.
Será o verbo sentir atemporal?

Vamos morrer qualquer dia desses.
Que beleza!
Cafuso, confuso, difuso, vil,
Levemente imoral...
Se deixar capturar pela loucura,
Desdenhar certo e errado tal qual fissura,
Sei fingir que sou real!

Viver é um grande delírio!

terça-feira, 17 de setembro de 2013

Amanhã

Amanhã


Passos pela rua
A tristeza nua
Se apresenta no espelho do mar

Sempre que adormeço
Lembro que esqueço
Ao viver outra noite vulgar

Aquela menina em casa me espera
Com seu sorriso de primavera

Amanhã eu quero ser feliz
Viver de novo aquela bela história
Amanhã quem será feliz?
Se o eterno instante só existe agora

Cigano sem pátria

Cigano sem pátria
Ofertada a Frederick Perls


Um homem... qualquer homem!
Cigano sem pátria, distante do seu tempo.
Andarilho da onda, mas negava a crista,
Da travessia trágica rumo ao autoritarismo

Para atravessar o coletivo,
Transcender entendimento!
Viagem, passagem, ode errante,
Lapidando intuição ao movimento autêntico
Novos olhares, novos sentidos...

A busca desenfreada que aprisiona,
Fragmentos genuínos outrora relembrados.
A liberdade que não integra o desconhecido,
Cega o encontro verdadeiro...
Crescimento, dizia, leva tempo!

Aqui, agora e o preço que se paga,
Por seguir as leis
De uma terra de ninguém

Deleite de viver

A gente pensa que escolhe
O caminho da sorte
O bem e o mal
O destino do cais

Andar caminho errado
Sentir prazer de ser
Nenhuma novidade
Perder identidade
Renascer

Avisam os pássaros passando
Já é hora de partir
Eterna inconclusão da vida humana
Saber que um dia voltará
Mas ter que ir

Na mala uma grande novidade
Quem se ama vai no coração
Que lhe seja leve essa saudade
A cada instante de renovação

Vagarosamente
Vaga a mente
O deleite
De viver

quarta-feira, 4 de setembro de 2013

Coisa louca

Que coisa louca, né?
Viver dentro de cada um de nós.
Que coisa louca, né?
Dentro de cada um, a sós.


Palavras sem som dizem tudo
Quando algo floresce ao nada
No escuro que surgem as trevas
Estrelas iluminam a jornada


A dor atrás do instante que virá.
Será?
Dentro desse corpo
Algo que morrer.
Algo que voar.


Que coisa louca, né?