segunda-feira, 30 de abril de 2012

O suicida!

A vontade voraz de morrer por um dia
Devorar os pedaços e cuspir, cuspir na fotografia
Pode parecer sombrio ou ser apenas um passo
Pra si mesmo,
Por si mesmo.


Veja, quanta mentira pra acreditar!
Sinta! Sinta quanta coisa tem no ar...
21 de dezembro
A população crescendo
A comida por acabar!


Menino! Você pensa! Deve tá doidão.
E os vícios de pensamentos?
A dominação da palavra
As grades de uma procissão...
Correntes imorais, da moral


Enquanto isso, no paraíso da fantasia
Alguém aposta a própria vida,
A beira de um precipício...
Acreditando que a realidade pode melhorar


O maior dos otimistas:
O suicida

quarta-feira, 18 de abril de 2012

Janela aberta

Janela aberta


Das coisas que sei,
Não sinto!
A calma leve do vento
Sereno doce de quem
O tempo esqueceu...

De tudo que não sei,
Pressinto!
O brincar faceiro das ondas
A rigidez flexível do mar

Dela me despedi cantando...
Por que se preocupar?
Janela d´alma aberta
Feito ninho de passarinho
Que o amor bem de mansinho

Um dia há de chegar.

quarta-feira, 4 de abril de 2012

Presunção

Diretamente do fundo do túnel do tempo,
Uma linha da vida.
Análise refém de dois pontos,
Que limitam uma reta.

Ética e consentimento,
Pra atender ao capitalismo.
Recolhimento dos seus dados,
PMK desfavorável,
Orientação profissional,
Te parece normal?

Olhos que te olham
Pensam que sabem o que passa em si
Olhos te olham
Pensam que sabem o melhor pra ti
Presunção!
Presunção!

Certezas são incertas,
Cegam o enxergar!
Por que a vaidade é estúpida,
Muda a lacuna de lugar.

Siga o Deus que tu quiseres,
Quando a sede transbordar o copo das inquietações.
E quando o silêncio enfrenta o bicho dentro da gente,
A liberdade pode estar dentro da caverna.

As pessoas surtam todos os dias!
Mas a moda agora é falar de vocação...
Testes psicológicos pra descobrir uma forma,
De viver sem nenhuma razão.

Tabelas, escalas, aplique!
Testes, Inepe, perversão.
E professores ensinam os caminhos,
Que contribuem pra nossa prisão.

Durante uma aula de Psicologia inescrupulosa...

Abandono

Abandono

Que saudade de falar de amor,
Também do silêncio da sala vazia.
A velha amiga solidão,
Beijando o que a dor escondia.

Hoje não tem calmaria
Nem chuva, alvoroço ou compromisso
A estrada não me convidou
Disse não ter nada com isso!
Tentei trocar idéia com a sorte
É foda pra quem nela nunca acreditou
Procurei a menina rotina
Logo ela que nunca me amou

Sobraram os livros
E uma vertigem de coisa qualquer
Outra vez a infância
Peter Pan pegando no meu pé!
O sabor da fantasia,
O respeito pelos desejos como solução
Mostro o mesmo sorriso
Me perco na multidão

Estou convencido, não vou negar
Vida inteligente em algum lugar deve haver
Não quiseram contato com a nossa gente
Pois é!
É assim que escreve, é assim que é!
Verdade absoluta todo mundo quer
A cegueira que semeia o mal estar
Acreditar sempre foi mais fácil que pensar

Alguma coisa está errada
O mundo vai acabar? Vamos adiante
Sempre esquecendo o nosso semelhante

E há quem diga que ecologia começa na gente
Um completo devir
Não é questão de decisão
Quando o corpo quente,
Sente!
Que mente.

segunda-feira, 2 de abril de 2012

Esquizo

Esquizo


Andou caminho errado
Pra sentir o prazer de ser
Nenhuma novidade
Perder identidade
Renascer

A certeza delirante
Faz sentir a existência das coisas
Que inexistem certamente

Seu maior prazer é estar
Em qualquer forma tal
Que rompa com o absurdo do real

Um sonho, o amor, um filho
Na mandala da ilusão
Da vã filosofia
Mensageiro de uma fantasia
Tão cheia de vida e clara
Que ninguém enxerga

Confuso?
Que valha o estranhamento
Na contramão do discurso
O genuíno pai do ancestral

Não existe fronteira de contato,
Nesse doce território de incertezas.
O corpo vegetativo esconde,
Exuberante viagem na escuridão:
Onde luzes e sombras
Já não se diferenciam

Aí vem o medo
O caminho é tortuoso
Sempre alguém para apontar o dedo
Proferir julgamentos
Classificar o anormal

Faz parte da sina
O Bem e o mal