Maré em órbita
Das profundezas do esquecimento,
Um pedido ao tempo:
A poesia sem palavras
Livre das leis
Que distanciam a justiça
Calar pra poder sentir,
E alcançar lugares
Franqueza é vital pra perceber
A beleza dos verdadeiros olhares
O que vislumbramos?
Erguer-se, direção...
Uma casinha sem paredes,
Beijar deitada a rede
A velha amiga solidão.
Desnudo.
Inundação!
... Pra onde foi o meu controle da vida?
Na linha tênue entre a loucura do mundo
E esse outro mundo que aqui dentro do peito,
Transborda de inquietações e desejos...
Adentro o mar
Maré em órbita
A saudade de um bem
Que no momento não quer ninguém
Pra evitar perder o foco que tem
Na sua corrida por vintém, ou sei lá mais o que será
Kame-Hame-Háthiobáre de Amor!
(suspiro)
No fundo do mar
Saúdo todo universo
Peço calma aos meus versos
Para navegar
Quem sou, por onde ir, quem quero ser?
Na nave que desistiu de me abduzir
Raul Seixas me dava razão
Pra traduzir a palavra “nada”
É preciso entregar o coração
Todos os meus passos
A vida e os seus laços
Sendo guiados por Deus
...
Deixei o sol entrar
Na saudade do meu peito
Quando estava a cantar
E a dançar meio sem jeito
Fui lembrando, devagarinho
De tantas coisas lindas que vivi
Raios de luz
Brilhantes olhos das crianças
Nas águas mansas da amizade
Canções de esperança e emoção
Recordações de mãos estendidas
Gestos que desafiaram a razão
Flores brancas, coração aberto e a paz
Que a vida é linda, a caridade o brasão
A firmeza balanceia, contrariando a geografia
Proteção e zelo são voos da poesia
O sentido são detalhes, quem irá encontrar?
Gratidão porta de entrada
Novo amor há de chegar
Pietro Pan
Capítulo pós carnaval
Inquietações e desejos
segunda-feira, 19 de fevereiro de 2018
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